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FOTO DE ABERTURA: MARCELO RINGO marceloringo.com/



Este blog é composto por textos e fotos de minhas experiências junto à natureza, seja pescando com mosca (flyfishing), seja fotografando. Espero que gostem. Apenas observo que a reprodução de texto, total ou parcial, bem como de foto, depende de autorização e da citação do link. Um abraço!





quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Corrientes 3 - 2 - 1!!!

Após uma  insuportável ausência de um ano, enfim retorno em breve a Ita Ibate, Corrientes, atrás dos dourados e brycons.

A ansiedade já é bem grande e, pra passar o tempo, tomei vergonha e atei bastante, como nunca aliás, pra ver se aprendo de uma vez por todas rsrsrsrsrsrsrsrs.

A caixa de moscas está pronta: os andinos de sempre, alguns com umas mudanças na cauda, poppers, divers à vontade, secas pra piraputangas e piracanjubas, além de umas moscas do Gregório que sempre levo.

A flybox cheia de esperanças....

 
 
(foto de celular)
 
 
 
A fornada de uma madrugada de insônia...
 
 
              
(foto de celular)

Gostaria de agradecer o amigo Hernán, da El Parana Flyshop de Buenos Aires, onde estive mais uma vez mês passado, pela atenção e simpatia de sempre, fazendo com que até mesmo meu pai, que me acompanhou nas compras mosqueiras, tenha se sentido em casa na loja.


Abaixo as compras, com destaque para um shock tippet que está sendo muito usado no rio paraná pelos argentinos, o livro do Armando, as linhas e o material de atado que eu precisava.


(foto de celular)
 
Ando com bons presságios pra essa pescaria.
Alea jacta est...
 
 

sábado, 4 de maio de 2013

Onça Pintada - Rio Miranda - Pantanal Sul

Sonho realizado!

Depois quase quatro décadas indo frequentemente pras bandas pantaneiras,  e de ter visto de perto apenas 6 onças, cinco delas pintadas, nunca havia tido a oportunidade de ficar ao menos um minuto frente a frente com o maior felino das Américas a ponto de fazer uma foto decente.

Nas outras oportunidades, o avistamento foi muito rápido, elas foram ligeiras, e não consegui captar a imagem que eu queria.

Nesta vez a sorte estava ao meu lado...

Navegávamos pelo rio Miranda na segunda-feira passada.

Eu estava bem esperançoso em ver uma delas, e comentei isso com o Carlos, da Lontra Pantanal Hotel (onde fizemos uma parada pra tomar uma cervejinha e comprar gelo), tendo ele me encorajado pois as chances seriam boas.

Seguimos então viagem rio abaixo, passei o comando do barco para um amigo e comecei a mirar as margens freneticamente, quando então eu vi, bem de longe, algo se mexer debaixo de uma grande árvore. O vulto era negro, pois estava na contraluz, mas pude perceber que tinha um tamanho compatível com a onça e se mexia de forma tão elegante que só podia mesmo ser o felino.

Desaceleramos o barco e chegamos devagar nas proximidades da árvore, e, como que num presente, ali estava ela, a esta altura já deitada, serenamente.

Com a máquina já à mão, regulada para os padrões de luminosidade que eu imaginava iria encontrar, pois apesar da claridade geral, ela estava bem na sombra, e entre folhagens, esperei uns instantes, e me dei o direito, antes de disparar o obturador, de olhar ao menos uns segundos para aquele animal inigualável, mágico e lendário.

Quando eu iniciei na fotografia amadora, cometi um erro que tento evitar, que é o de fotografar sem parar um determinado assunto interessante, preocupando-se apenas com os ajustes da máquina.
Mas a foto reflete um momento, então, que ele seja vivido, e depois fotografado,

Ela olhou para mim, num misto de serenidade e imponência, algo realmente hipnotizante, e na verdade precisei de um estalo para começar com as fotos...


Tomado pela imensa emoção do momento (todas as vezes que eu vejo uma onça é assim, e o mesmo ocorre com os mais experiente fotógrafos e cinegrafistas de natureza, como Lawrence Wabba, que faz questão de ressaltar isso), foquei aquela onça enorme e tive direito a dois disparos.

De inopino, ela se levantou, circundou o tronco da árvore por trás e rumou mato adentro...

Eu, e os demais do barco, ficamos ali, com aquela sensação de pequenez diante de um animal daquela magnitude, misturando a alegria do avistamento com a frustração por sua duração tão curta.

Mas a vida é assim, e, no fundo, isso só dá mais gosto nas coisas.

Estou sempre no Pantanal, navego por todos os lados naquelas paragens e isso vai continuar. Então, só me resta torcer pra ter, mais vezes, esse privilégio de ver o animal mais espetacular das Américas em um ambiente realmente natural, sem cevas ou artifícios.

E fica a torcida para que seja possível impedir a extinção da onça pintada no Brasil, o que, na prática, representaria sua extinção do planeta, pois o País é o último reduto minimamente viável para ela.

 Um abraço!



Velocidade: 1\320
Abertura: 5.6
Iso: 500